domingo, 28 de novembro de 2010

(L)


O tempo é uma armadilha. O que se envolve com ele está no mesmo caminho.

Quando você passa por situações que parecem que é o fim de tudo, alguém vem e te diz: “isso vai passar com o tempo.”

E como eu discordava... Mas, até agora, não foram ditas frases mais coerentes como essa.

Estar dentro desse tempo seria como testar você. Seria como querer te destruir. E passar por esse tempo é como um alívio de quem sai do fundo de uma piscina, sem respirar por 3 minutos. É como sorrir da tristeza que foi instalada.

As oportunidades que foram desperdiçadas são, para que, da próxima vez você possa olhar para os dois lados antes de atravessar a rua.

Principalmente quando você está com a faca e o queijo na mão.

Ele, por só 10 minutos foi seu. E você o que fez quando ele disse: “Ok, vamos nos conhecer melhor!”?

Saiu correndo com o medo de ser atropelada por esse estranho. E só conseguia ver quem (quase) estava te esperando do outro lado.

Quando você descobre que o alguém desejado, conseguiu utilizar a oportunidade de uma tentativa promissora, você apenas colhe os ombros e a cabeça cabisbaixa de como tola foi.

Então pensa de que fugiu de um “atropelamento”. E nem quis olhar para os lados. E pensa mais um pouco em saber quem estava no (quase) acidente.

E quando você procura por ele, já é tarde. A carona está (quase) ocupada.

E você põe culpa em quem você deu o teu tempo e que não merecia. E a culpa também vai para o tempo e teu coração. Que foram traiçoeiros.

No tempo em que teu coração estava ocupado, outro alguém aparecia para realmente te fazer utilizar todo o tempo (in)disponível; a fazer com que aquela oportunidade valesse a pena; e mais ainda te fazer parar e olhar, e sentir que não seria um acidente, e sim aquele encontro (in)esperado.

O encontro que faria aquela corda bamba ficar firme no chão; que os sorrisos “à toa”, não seriam à toa, seriam porque ele estaria ao teu lado; faria com que a sua mão fria e suada seria mais do que o nervosismo e ansiedade, seria a falta da presença da mão dele segurando a tua; faria as borboletas no estomago estarem por toda parte; o brilho no olhar seria mais do que o encantamento, seria claridade que ele traria para os teus dias; o coração acelerado seria mais do que o sentimento entre os dois, seria os dois dando pulsação como um desfibrilador em cada encontro.

E principalmente, um para o outro, não se deixariam abraçar as armadilhas como velhas conhecidas. Pois seus (a)braços estariam ocupados.

4 comentários:

Victor Gautama disse...

Sobre isso tudo,só nos resta contar que o tempo conspire a nosso favor... que os ventos soprem a nosso favor...
para que mais uma vez não haja outro coração partido por um descuido de olhar para os dois lados da rua!
Evitar acidente é sempre aconselhável,mas as vezes temos que dar a cara ao tapa e tentar ser feliz de fato com quem gostamos!
Adorei teu post.. sempre que der passarei aqui!
;D

Thay disse...

Muito obrigada por ter gostado! Seja bem-vindo então!

Tayanny Araújo, disse...

O mal da gente é nunca enxergar aquilo que está debaixo do nosso nariz.
Existem coisas na vida que não voltam atrás e precisamos ter cuidado com as nossas atitudes. O medo sempre vai existir, mas não podemos esquecer de que tem um mundo inteiro fora de nós que espera uma atitude nossa.

Parabéns pelo post e pelo blog!
gostei muito :D

Thay disse...

E esse mundo só quer um pouco do tempo significativo. Que estejamos disponíveis, pois ele retribuirá.

Obrigada Tayanny ;D