domingo, 31 de outubro de 2010

Desistir...

Desistir parece ser fácil. Escrever a palavra é fácil. Mas fazer com que o verbo tenha ação é difícil. Difícil para o sonho. Difícil para mim. Mais difícil ainda é sentir que você tem que desistir.

Dói tanto em só pensar nisso tudo.

Tenho quatro escolhas. Quatro caminhos. Quatro estilos de vida. Mas uma única vida. Uma única alma.

Primeira opção, continuar o que estou fazendo. O que eu consegui e tanto almejei por longos pesados três anos. Fazendo minha faculdade de química.

Quando entrei neste ano, quando tive minhas primeiras aulas pensei em logo desistir. Talvez por medo. Depois foi acontecendo coisas, fui percebendo que aquilo só estava escondendo o verdadeiro sonho. O verdadeiro “eu”.

Não posso dizer que lutei em vão. Pois conheci pessoas maravilhosas que levarei pra sempre comigo.

Segunda, como é tão curiosa e fascinante a mente humana. Cada gesto e palavra me fazem pensar o que significa. O que representa aquilo na vida de cada um. Como irá interferir. Como posso ajudá-la. E com isso vem a psicologia. Parece até loucura mesmo.

Terceira opção, algo mais fascinante que as duas anteriores, é poder escutar o som perfeito pra “aquele” momento. Ler a letra que parece que foi feita pra você. E melhor, você mesmo fazer isso. Poderá talvez curar um coração partido. Acolher o desabrigado. Fazer companhia para aquele que está só. Conseguir um sorriso nem que seja por três minutos. Ou uma lagrima do incrédulo de sentimentos. A música é uma parte de mim desconhecida por muitos. Não é apenas um sonho de uma garotinha de 11 anos. A música me dá vida. Ela me dá e me deu esperanças em momentos que tentei desistir de mim mesma.

E quarta, mais nada fazer. Apenas desejar o que poderia ter sido.

Não importa o quanto eu ganharei em dinheiro, pra onde irei. O que me importa é a terceira opção. Pois é ali que viverei. E sei o quanto difícil isso será. Mas mais difícil será desistir disso.

Culpar-me-ei cada dia do resto de minha vida por não seguir o caminho que me faz viver. Não é uma profissão. E tampouco um trabalho. Pois trabalho é fazer aquilo que não te dá o desejo de algo mais. É apenas uma sobrevivência.

O que me faz estar aqui hoje / São os acontecidos desconhecidos / O que me move / É o amor de emitir sons perfeitos De minhas imperfeições (...) / Não façam de mim o que vocês não permitiram a si.

Mas nada disso terei se eu não tiver o mais importante nessa vida: amor!

(Continua...)

Um comentário:

Priscila disse...

Olá adorei suas postagens.
É de mto bom gosto.
SIGO-TE.
abçs.